Arte indígena colore a Pinacoteca na exposição ‘Véxoa: Nós Sabemos’

23 artistas/coletivos de etnia de diferentes regiões do país colorem essa mostra! Dá uma olhada:

Com 115 anos de existência, nossa amada Pinacoteca de São Paulo ganhou pela primeira vez uma exposição completamente dedicada à produção artística indígena contemporânea! “Véxoa: Nós Sabemos” exibe o trabalho de 23 artistas/coletivos de diferentes cantos do país e pode ser conferida até 8 de março de 2021.

A mostra é grátis e pode ser visitada de quarta a segunda-feira, das 10h às 18h. É necessário agendar a visita por este site. Também vale mencionar que a bilheteria da exposição “OSGEMEOS: Segredos” funciona separadamente, ou seja, para ver as duas mostras é preciso retirar/comprar os ingressos de cada uma delas.

Com curadoria da pesquisadora indígena Naine Terena, a exposição ocupa três novas salas para exposições temporárias na Pinacoteca e reúne pinturas, esculturas, objetos, vídeos, fotografias, instalações, além de uma série de ativações realizadas por diversos grupos indígenas.

Megaexposição da dupla OSGEMEOS reabre a Pinacoteca

O projeto é um marco de representatividade na Pina, pois a instituição incorporou a seu acervo obras feitas por artistas indígenas apenas em 2019!

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Além disso, a iniciativa é resultado de um diálogo ativo que aconteceu nos últimos anos entre o museu e os artistas de várias etnias indígenas em torno de um debate sobre a história da arte que o museu pretende contar e as narrativas com menor destaque.

Os trabalhos selecionados pela curadora da mostra revelam, a partir de diferentes técnicas, linguagens e suportes, a pluralidade da produção artística indígena contemporânea e desmistifica a ideia reducionista e preconceituosa de que esses povos só produziriam artesanato ou artefatos.

Uma das presenças marcantes em “Véxoa: Nós Sabemos” são obras do filósofo, escritor, poeta, artista plástico e ambientalista Ailton Krenak, um dos mais importantes pensadores indígenas brasileiros nos dias de hoje.

Entre as pinturas, um dos destaques é o trabalho do Coletivo Huni kui Mahku, formado por artistas plásticos do Acre, que criam murais a partir da vivência de diferentes lugares.

Jaider Esbell, da etnia Macuxi, idealizou um painel de lona de 2 metros intitulado “Árvore de Todos os Sabores”, que, desde 2013, vem sendo construído coletivamente por indígenas do Brasil, da Bolívia, da Colômbia, do Equador, do Peru, dos Estado Unidos e do México.

Ele também apresenta quatro vídeos que discutem temas como o neoxamanismo; a mercantilização dos saberes dos povos originários; uma denúncia aos ataques a seus parentes indígenas Macuxi; e a inserção de uma nova geração de indígenas no universo das tecnologias digitais para registrar as memórias e suas experiências nos dias de hoje.

Outra forte tendência da mostra “Véxoa: Nós Sabemos” são as produções de “etnomídia indígena”, nas quais ferramentas de mídia são utilizadas pelos próprios povos, gerando autonomia, representatividade e pluralidade dos discursos. Destacam-se os trabalhos de Olinda Muniz Tupinambá (Bahia), o Coletivo Ascuri (Mato Grosso do Sul), Anapuaká Tupinambá (Bahia) e Edgar Correa Kanaykõ (Minas Gerais).

Já a instalação de Denilson Baniwa, da aldeia Darí, no Amazonas, reúne vestígios do incêndio do Museu Nacional do Rio de Janeiro, em uma referência à destruição da cultura material indígena ali preservada.

Ele também realizou uma ação de plantio de flores, ervas medicinais e pimenteiras no “território” externo da Pinacoteca, transmitida por meio de câmeras de segurança para o interior do museu.

Para garantir a sua segurança, a Pinacoteca preparou uma série de cuidados que você deve respeitar durante a visita à exposição, de acordo com as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS). A primeira delas é que a venda/reserva de ingressos será sempre online e o museu funciona com capacidade reduzida. Leve seu voucher impresso ou no celular para facilitar a entrada.

Além disso, para entrar no espaço você deve vestir máscara de segurança (cobrindo toda a boca e nariz) e sua temperatura corporal será medida (quem tiver com mais de 37,5ºC e sintomas visíveis de gripe não poderá ver a exposição). Também não é recomendável usar mochilas, sacolas e bolsas muito grandes, pois o guarda-volumes funciona parcialmente. Não vá à Pina de carro, pois o estacionamento está fechado.

Durante a visitação, respeite a distância de 1,5 metro entre as pessoas, siga o trajeto indicado, não consuma alimentos e bebidas no museu, não tire sua máscara para fotos e não descarte luvas, máscaras e objetos de uso pessoal no lixo do espaço. A instituição disponibiliza álcool em gel 70% em vários cantos.

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